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O papel do setor financeiro na agenda climática

/ Luís Marques and Felipe Bittencourt

No âmbito da mudança do clima, o setor financeiro se destaca quando o impacto indireto das emissões de gases de efeito estufa é analisado. Assim, estratégias de longo prazo para entender essa dimensão e buscar soluções inovadoras são cada vez mais necessárias.

É o que o BV vem fazendo nos últimos anos, assumindo compromissos com a agenda climática e liderando a maior iniciativa de compensação de gases de efeito estufa do Brasil. Essa ação demonstra como a organização entende o seu papel enquanto agente de mudança, atrelando investimento, compromisso e robustez na iniciativa de longo prazo.

O crédito financeiro fornecido pelo sistema bancário é responsável por impulsionar diversos setores-chave da economia. Por meio dessas instituições, obras de infraestrutura são viabilizadas, bens de consumo são comprados, investimentos são realizados, dentre outras aplicações.

Assim, a influência do setor financeiro sobre os principais pilares de tomada de decisão dos negócios, coloca tais organizações em uma posição de destaque quando a perspectiva para a transição de uma economia de baixo carbono é colocada em foco.

Essa posição ganha ainda mais ênfase quando o impacto ambiental proveniente das instituições bancárias é analisado. O perfil de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do setor financeiro, de seguros e serviços relacionados é apresentado a seguir. Atualmente, 26 organizações do setor citado reportam suas emissões por meio do inventário corporativo ao Registro Público de Emissões.¹

É possível observar um pico de emissões em 2014, com cerca de 900.000 tCO2 emitidas no período. Desde então, os números apresentaram uma queda não linear quando comparados ao referido ano. Em 2020, as emissões atingiram o menor valor registrado desde 2010, queda explicada pelo reflexo dos desdobramentos relacionados à pandemia do coronavírus. Contudo, tais números publicados são apenas a ponta do iceberg.

Qual é o maior impacto gerado pelo setor financeiro na pauta socioambiental?

O maior impacto de um banco, por exemplo, não está no consumo de energia elétrica ou ar-condicionado de suas agências, mas, como o dinheiro que empresta está sendo investido. E isso não aparece nos gráficos e relatórios. 

Nesse cenário, o BV, um dos maiores bancos privados do país, vem ganhando destaque na agenda climática. Desde 2015, utiliza o software de gestão integrada de informações ESG, Climas®, desenvolvido pela WayCarbon.

Em 2019 o banco iniciou a compensação de suas emissões diretas totais de gases de efeito estufa, bem como as emissões oriundas de fontes indiretas, tais como o deslocamento de funcionários, viagens a negócio e resíduos gerados na operação.

Além disso, em março de 2020, foi a primeira instituição financeira privada a emitir R$ 50 milhões em green bonds, títulos lastreados em projetos relacionados à geração de energia renovável. Ainda, foi criado um comitê de sustentabilidade que passa a realizar a inclusão de metas ESG no planejamento estratégico da instituição².  

Um estudo global divulgado pela Carbon Disclosure Project (CDP) mostra que as emissões de GEE associadas às atividades de investimento, empréstimo e subscrição das instituições financeiras são em média 700 vezes maiores do que suas emissões diretas. Isso significa que quase todos os impactos e riscos climáticos relacionados a essas instituições vêm do financiamento da economia em geral³.

Nessa perspectiva, o banco BV, um dos líderes em financiamento de veículos nos país, iniciou a compensação das emissões de gases de efeito estufa dos automóveis de sua carteira de crédito. O atual CEO do banco, Gabriel Ferreira, na época diretor, teve a ideia da iniciativa. 

Para garantir a solidez na estruturação, foram necessários dois anos de estudos, pesquisas, identificação de projetos e efetivação das compensações. Quem assessorou a instituição no âmbito da compensação das emissões foi a WayCarbon, parceira de longa data do banco BV na agenda climática, por meio de seu Programa Amigo do Clima. 

Como funciona o programa Amigo do Clima?

O Programa Amigo do Clima objetiva a realização do cálculo de emissões de empresas e produtos, eventos e pessoas, bem como a compensação das emissões de gases de efeito estufa por meio do apoio a projetos nacionais de alta qualidade. A estratégia é que essa ação de responsabilidade climática seja contínua.

A compensação está acontecendo por meio do apoio a um mix de mais de 10 projetos oriundos de diversas tecnologias, tais como geração de energia renovável, substituição de combustível e redução do desmatamento e da degradação florestal (REDD+).

A distribuição geográfica e os padrões internacionais verificadores também são diversificados, com projetos localizados nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste; e verificados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL-UNFCCC) e o Verified Carbon Standard (VCS-Verra). Além disso, o compliance do banco BV atuou de forma ativa na avaliação das empresas comercializadoras. 

Compensação de emissões na prática

O projeto REDD+ Jari, localizado no Amapá, que está entre os projetos selecionados para a compensação das emissões, é baseado em um modelo de desenvolvimento econômico local. Além de servir como um corredor ecológico, diversas famílias vivem no entorno da área, além de várias Unidades de Conservação (UCs)⁴.

Ademais, o projeto de geração de energia eólica instalado em Parazinho, no Rio Grande do Norte, também foi selecionado. Trata-se de um programa para fomentar o impacto positivo nas esferas social, econômica e ambiental, fortalecendo o vínculo da companhia com as comunidades do entorno, principalmente para tornar a pecuária familiar mais sustentável5.

Maior iniciativa em escala de compensação do Brasil  

A inciativa do banco BV é a maior em escala de compensação de emissões já realizada no Brasil. O volume de créditos de carbono destinados à ação representa 2,8% de todo o volume transacionado no mercado voluntário global nos primeiros oito meses deste ano.

Os dados de comercialização são provenientes do documento “State of the Voluntary Carbon Markets” publicado anualmente pelo Ecosystem Marketplace, que analisa as principais tendências relacionadas ao mercado voluntário de carbono5 .

Assim, de acordo com o cenário atual e o papel que o setor financeiro desempenha na mudança do clima, o movimento de olhar para o impacto das emissões indiretas e estruturar uma inciativa com tamanha proporção, coloca o BV como um dos principais agentes no combate à crise climática em seu segmento.

Essa é uma oportunidade para que as demais organizações busquem entender o impacto direto e indireto do seu negócio e se desafiem a desenvolver estratégias e ações efetivas para que a economia de baixo carbono se torne realidade e não uma meta inatingível. 

Referências

¹ https://www.registropublicodeemissoes.com.br/estatisticas/emissoes-historicas#

² Relatório de sustentabilidade banco BV: https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/bf56a81b-6210-410e-800e-4f7d40298aab/64569582-3f2b-c965-0f5a-3c9cdf010035?origin=1

³ https://www.cdp.net/en/articles/media/finance-sectors-funded-emissions-over-700-times-greater-than-its-own

⁴ Biofílica: https://www.biofilica.com.br/projeto-redd-vale-do-jari/

5 CPFL: checar informações no PDD.

 

Luís Marques
Business Development at WayCarbon |  + posts
Felipe Bittencourt
CEO at WayCarbon |  + posts

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