Emissão de Gases: descubra o que é mito e o que é verdade!

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Muitas são as informações disponíveis na internet a respeito da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Aqui no blog, inclusive, já falamos da relação entre os GEE e o aquecimento globalcomo identificar fontes de emissão, as melhores práticas para desenvolver um inventário de GEE e muitos outros aspectos relacionados ao tema. Porém, tanta informação pode gerar dúvidas e enganos, certo?

Este artigo tem o objetivo de esclarecer alguns equívocos cometidos comumente sobre a emissão de gases de efeito estufa. Acompanhe!

Emissão de Gases de Efeito Estufa: qual o impacto para o planeta?

O efeito estufa se caracteriza, basicamente, pelo aquecimento da superfície terrestre em uma temperatura de aproximadamente 30ºC. Sem ele, a temperatura média na superfície terrestre seria -18oC, ou seja, 33oC abaixo da temperatura atual!1

Portanto, o efeito estufa por si só não é prejudicial para a vida na Terra e, ao contrário do que muitas vezes se pensa, ele é fundamental para que a vida exista como conhecemos.

Já falamos sobre isso no post Guia WayCarbon: entenda de vez o que é o aquecimento global. Você pode tirar as suas dúvidas em relação aos fenômenos do efeito estufa, do aquecimento global, das mudanças climáticas e entender como esses fatores se relacionam entre si.

Somente o CO2 e o CH4 são responsáveis pelo efeito estufa?

O CO(dióxido de carbono) e o CH4 (metano) são os principais GEE produzidos por ação antrópica. Porém, alguns outros gases também contribuem para o efeito estufa. Entre eles, o vapor d’água e o N2O (óxido nitroso).

O vapor d’água é o GEE mais abundante na atmosfera. Então, sob o ponto de vista da emissão de gases, seria o principal GEE existente. Entretanto, a concentração de água na atmosfera é praticamente constante e a presença do seu vapor não depende diretamente da ação humana, uma vez que tem sua origem em fenômenos naturais, como a evapotranspiração das plantas, por exemplo. Indiretamente, a emissão de outros gases de efeito estufa provoca o aquecimento do planeta e, com uma temperatura elevada, maior quantidade de vapor d’água será formada. Consequentemente, maior será a sua influência nesse contexto.

Já o CO2, o CH4 e o N2O são tipos de GEE mais conhecidos, pois são amplamente produzidos pelos humanos por meio de diversos processos, incluindo a queima de combustíveis fósseis. Por isso, é mais viável concentrar esforços no controle da emissão desses gases.

Potencial de Aquecimento Global (GWP)

No contexto da emissão de gases, é importante destacar o Global Warming Potential (GWP), ou Potencial de Aquecimento Global em português, indicador que diz respeito à contribuição de todos os gases para o aquecimento global, em um determinado horizonte de tempo e tomando o CO2 como base de comparação.

Em um horizonte de 100 anos, por exemplo, o CH4 possui um GWP igual a 21. Isso significa que ele contribui 21 vezes mais para o aquecimento global do que o CO2.

Para conferir os valores de outros gases você pode consultar uma tabela de GWP. 

Os GEE são responsáveis pela poluição do planeta?

Na verdade, nem todos os gases de efeito estufa são responsáveis pela poluição do mundo. Como visto anteriormente, o vapor d’água, por exemplo, é um tipo de GEE, mas não é causador da poluição.

Entretanto, outros GEE também são uma grande fonte poluidora, como é o caso do CO2, que é liberado na queima de combustíveis fósseis, tais como a gasolina e seus derivados, o carvão e até a biomassa. Além disso, existem gases que não são considerados GEE e são grandes fontes de poluição atmosférica, como o CO (monóxido de carbono), por exemplo.

De toda forma, ”poluição” é um termo geral, e sua definição inclui a alteração do meio ambiente (água, ar e solo) por meio do acréscimo de qualquer tipo de substância ou energia em uma velocidade superior àquela suportada pelo meio ambiente, ocasionando prejuízos à vida humana. Portanto, entende-se que a poluição não se refere somente à emissão de gases na atmosfera, mas engloba também substâncias despejadas na água e no solo.

Gases de Efeito Estufa causam danos à camada de ozônio?

Alguns gases de efeito estufa são responsáveis pelos danos à camada de ozônio, mas não todos. Os mais famosos são os CFC’s (clorofluorcarbonos).

Apesar de ser um GEE, o ozônio tem um papel importante na atmosfera, que consiste basicamente em filtrar as radiações ultravioletas que chegam ao planeta. Essas radiações podem causar muitos prejuízos para os seres humanos, como queimaduras solares e câncer de pele, além de prejuízos ao meio ambiente de forma ampla. Os CFC’s degradam o ozônio, convertendo-o em oxigênio, causando o conhecido ‘buraco na camada de ozônio’.

Devido à ação prejudicial, os CFC’s foram substituídos por HCFC’s (hidroclorofluorcarbonos) que são menos reativos ao ozônio. Entretanto, possuem um GWP maior do que os dos CFC’s, sendo considerados, portanto, GEEs de maior ‘potência’. Os PFC’s (perclorofluorcarbono) são os substitutos usados em relação HCFC’s por não reagirem com o ozônio, entretanto, também são poderosos contribuintes para o efeito estufa. Além disso, CFC’s e HCFC’s possuem um longo tempo de vida, o que torna suas emissões ainda mais prejudiciais.

Dica: os CFC’s foram proibidos no Brasil há bastante tempo. Produtos que alardeiam a sua ausência em rótulos podem estar fazendo greenwashing. Você sabe o que é isso? E como reconhecer? Descubra clicando aqui.

Ficou alguma dúvida em relação à emissão de gases de efeito estufa? Comente abaixo!

1 – Temperatura Média Atual estimada em 15oC

Climas indicadores ambientais

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