8 motivos para fazer seu inventário de carbono com o Climas

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Os impactos das mudanças climáticas no médio e longo prazo têm ganhado espaço nos debates na esfera pública e privada global. A sequência de cartas da diretoria da Black Rock: sobre lucro e propósito (2019), mudança estrutural nas finanças considerando riscos climáticos (2020), propósito e mudanças climáticas (2021) e capitalismo de stakeholders (2022), dão o tom e o teor desses debates. O que enfatiza a relevância que o tema ganhou no âmbito dos mercados financeiros globais.

Outro marco foi o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), de 2021, que apontou para a gravidade da crise climática com a previsão de aumento de 1,5 ºC da temperatura global nas próximas duas décadas.

Para reduzir o impacto das ações humanas no planeta e atender à demanda do mercado, dos conselhos de administração e dos consumidores, a ação de reportar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa entrou no radar das corporações. Nesse contexto, o inventário de emissões de gases de efeito estufa tornou-se a principal fonte de informações, norteando as iniciativas internas da organização na agenda climática, bem como dando visibilidade externa para diferentes stakeholders

O que é o inventário de carbono?

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) ou Inventário de Carbono é um documento que permite o mapeamento, quantificação e registro das fontes de emissão de GEE de uma atividade, setor, organização ou local. É divido entre emissões diretas (escopo 1: provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela entidade inventariante) e indiretas (escopos 2 e 3: ligadas ao consumo de energia e fontes de emissão de responsabilidade externa, respectivamente). Além das fontes de emissão de GEE, o relatório identifica tipos de gases, metas, compromissos, estratégias de mitigação, ferramentas de gestão empregadas, entre outros pontos.

Originado a partir da necessidade de quantificação de emissões gerada após o Protocolo de Kyoto, em 1997, o inventário teve a primeira metodologia consolidada em 1998, nos Estados Unidos, com o estabelecimento da ferramenta Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol). Mais para frente, foram criadas diretrizes para seu preenchimento pelo (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) IPCC, em 2006.

Por ser um documento estratégico e complexo, executá-lo de forma manual, apenas com o uso de planilhas e e-mails, pode gerar muitos erros, retrabalhos e dúvidas. São várias áreas e colaboradores de uma organização envolvidas, dificultando a rastreabilidade e a busca pela comprovação de dados sem uma ferramenta apropriada.

Ciente de tais desafios, a WayCarbon, com mais de 15 anos de experiência na agenda ESG e em Mudanças Climáticas, desenvolveu o software Climas. A plataforma, pioneira e líder no mercado brasileiro, permite a realização do inventário de GEE e a integração das respostas aos principais programas de relato. Mais do que um reporte, com o Climas, o inventário passa a ser uma ferramenta de gestão e um termômetro sobre as mudanças climáticas dentro das instituições. A solução já é usada em 18 países e diversos setores, por grandes clientes como: Minerva Foods (Agro), Dexco (Manufatura), Gerdau (Aço), Latam (Transporte) e BTG (Serviços Financeiros).

Abaixo, é possível avaliar os benefícios de desenvolver o inventário de GEE com o apoio do Climas:

1. Gestão integrada, usabilidade amigável, com preenchimento automatizado e colaborativo:

A coleta de informações sociais, ambientais e de governança normalmente envolve múltiplas áreas de uma empresa ou grupo, e pode ser feita tanto por meio de registros oficiais, como dados fiscais, quanto via documentos que podem ser mais difíceis de apurar, como relatórios gerenciais da operação e planilhas de controle de abastecimento de equipamentos.

O Climas responde a essa demanda facilitando a coleta de dados entre profissionais de diferentes departamentos e unidades da instituição, substituindo a gestão via planilhas e e-mails, além de permitir a anexação de evidências, ou seja, de documentos que comprovam a veracidade do dado. Assim, é possível coletar a informação de forma descentralizada e posteriormente consolidá-la de forma mais precisa e eficiente, mantendo os registros sobre atualização de dados bem como o controle de versões do documento.

A ferramenta possui recursos que atendem às necessidades de todos os níveis organizacionais: desde o colaborador da área operacional, que precisa alimentar os dados de forma rápida e produtiva, ao gerencial, que demanda a visibilidade dos números para tomar decisões e desenvolver planos de mitigação, por exemplo. A ferramenta também permite a automatização da entrada de dados por meio de API de integração com outros sistemas, a divisão de responsabilidades e a autorização de diferentes níveis de acesso para usuários.

2. Mapeamento de fontes de emissão:

Quando uma companhia adota o Climas, o time de especialistas da WayCarbon realiza o mapeamento de suas fontes e sumidouros de emissão de GEE. Realizar essa etapa de forma adequada é essencial para a qualidade do inventário. As fontes de emissão são unidades físicas ou processos que liberam algum gás de efeito estufa (GEE) para a atmosfera. Como exemplo: motores de combustão interna, equipamentos elétricos, caldeiras, entre outros. 

Já um sumidouro é uma unidade física ou processo que remove um gás de efeito estufa da atmosfera. São originados principalmente em processos biológicos, como a fotossíntese, mas podem ocorrer também por meio de aplicações tecnológicas, como os sistemas de Captura e Estoque de Carbono, do inglês Carbon Capture and Storage (CCS).

3.Curadoria dos fatores de emissão:

Uma vez realizado o mapeamento das fontes de emissão e coletados os respectivos dados, a etapa seguinte é a realização da conversão dessas informações em emissões de gases de efeito estufa. O Climas possui uma base com cerca de 30.000 fatores de emissão validados por especialistas de acordo com organismos nacionais e internacionais, que servem para relacionar os dados das atividades com as emissões ou remoções de GEE.

Eles convertem, por exemplo, o consumo de energia em MW/h em toneladas de GEE. Podem ser derivados de bases de dados tecnicamente confiáveis, como IPCC e outros órgãos públicos oficiais de registros, ou desenvolvidos de forma personalizada de acordo com a realidade da empresa.

Com a plataforma, os fatores são regularmente atualizados para o cálculo automático do inventário de emissões pela equipe técnica do Climas, de forma transparente e verificável, desonerando a equipe responsável pelo inventário do cliente: para que gaste menos tempo em tarefas operacionais e possa focar em atividades analíticas.

4. Dashboards, padronizados ou customizados, com recortes e relatórios parciais ao longo do ano:

Os dashboards são ferramentas de gestão muito relevantes para que a empresa compreenda com profundidade suas emissões, permitindo navegar por diferentes unidades de negócios, fontes de emissão, gases ou períodos distintos. O Climas já vem com uma ampla gama de dashboards padronizados, inclusive para apoiar o preenchimento de questões quantitativas de relatórios padrão, como o CDP ou o GRI.

A solução amplia a visibilidade sobre ciclos passados, permitindo um acompanhamento contínuo das emissões (seja semanal, mensal ou anual) e a identificação de desvios, desperdícios ou oportunidades de melhoria nos processos.

Com o Climas, tem-se ainda a possibilidade de definir painéis customizados com os indicadores mais relevantes para a empresa, o que favorece a criação de planos de mitigação e a atribuição de responsáveis de forma a atender a objetivos específicos de redução de emissões.

5. Rastreabilidade, segurança e acuracidade de informações:

Poder rastrear os dados de entrada é essencial para garantir transparência e acuidade dos resultados de um inventário. Na produção do documento, é necessário, no mínimo, garantir a origem do número e do responsável pelo seu fornecimento. Essa ação é mais difícil de ser feita no controle realizado apenas por planilhas. Já com o uso do Climas, a empresa é capaz de obter a centralização e a rastreabilidade dos elementos, com acesso para que auditorias internas e externas possam ser feitas dentro do sistema, reduzindo custos e otimizando o trabalho das partes envolvidas.

O Climas permite ainda a comparabilidade versões do inventário, seja pela mudança de fatores de emissão por organismos externos, pela inclusão de novas fontes mapeadas ou até mesmo pela mudança na estrutura da empresa, em casos como aquisição ou descontinuidade de uma unidade de negócios. 

6. Gestão financeira dos créditos de carbono:

Em 2021, o Climas lançou um novo módulo de Gestão de Offsetting, com o foco em gerenciar a aquisição e aposentadoria de créditos de carbono. A funcionalidade possibilita o registro de todos os créditos adquiridos pelo inventariante, incluindo o tipo de crédito, volume de emissões, preços pagos, data de emissão e data de aposentadoria. O objetivo é auxiliar as empresas na aplicação de créditos de forma mais eficiente em termos financeiros, de acordo com a evolução das suas emissões (já contabilizadas pelo módulo de GEE do Climas), e evitar a contabilização duplicada.

7. Utiliza as principais referências, normas e metodologias do mercado:

Para a estruturação do inventário, o Climas tem como base as principais normas e metodologias do mercado, e garante que as empresas contratantes tenham uniformidade nas respostas de todas as suas unidades. Atualmente, a norma mais utilizada é o GHG Protocol, compatível com a ISO 14.064, com base em amplos processos de consulta pública. O objetivo é estimular as empresas e governos a entenderem, quantificarem e gerenciarem as suas emissões de GEE.

8. Implementação com apoio técnico e teórico dos especialistas da WayCarbon:

A adoção de uma nova ferramenta como o Climas contribui para o treinamento da equipe, tanto em termos conceituais para a elaboração do inventário de emissões de GEE, quanto  para o aprofundamento do conhecimento dos próprios processos da empresa. Assim, a etapa de parametrização é crucial para um bom resultado – em termos de completude de informações e modelos de gestão. Por essa razão, a equipe de atendimento do Climas apoia os usuários do sistema para que a empresa possa atingir o máximo da capacidade que a ferramenta pode oferecer. E uma vez parametrizado, a elaboração dos inventários nos anos seguintes torna-se uma tarefa muito mais simples.

Concluindo

A implementação do Climas para a elaboração de inventários de emissões de GEE:

  • Permite a gestão integrada das emissões de GEE, via dashboards e relatórios com diferentes recortes de visualização, garantindo a capacidade de análise de gestores e analistas;
  • Facilita o processo de elaboração de coleta de dados por diferentes unidades organizacionais e áreas de negócios;
  • Garante a maior confiabilidade técnica dos resultados, por meio do melhor mapeamento das fontes de emissão, do uso das metodologias cientificamente corretas e da aplicação de fatores de emissão coletados a partir de fontes nacionalmente e internacionalmente reconhecidas;
  • Consolida em um único local todas os dados e as evidências, facilitando o processo de auditoria, além de facilitar a consistência do uso das mesmas informações em diferentes programas de relato;
  • Permite também gerenciar os offsettings.

 

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Referências Bibliográficas

¹ CDP. Disclosing Through CDP: The Business Benefits. 2019.

Maria Luiza Gonçalves
Jornalista e Analista de Comunicação en WayCarbon | + posts

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