O mundo organizacional tem muitas peculiaridades. É interessante observar como um tema secundário vai ganhando escala até tornar-se um tema central e como a automação acompanha esse movimento. É exatamente isso que está acontecendo com a gestão climática. Se antes os inventários eram realizados em planilhas, agora a adoção de soluções tecnológicas para a gestão climática – que vai muito além do inventário – está se tornando imprescindível. E, como tal, ganham reforços orçamentários.
O relatório “2023 Spend On Carbon Management And Climate Risk Software”, publicado pela Verdantix em fevereiro de 2023, mostra que o gasto estimado com soluções para gestão climática atingirá 1,7 bilhões de dólares em 2023.
Além aumentar as capacidades de análises de dados na gestão das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de risco climático, também são motivadores para que as empresas busquem tais soluções a necessidade de transparência e integridade na relação com stakeholders (principalmente investidores), a pressão do mercado, a gestão de reputação das marcas e a competitividade. Bem como a adaptação às práticas de compliance e a obrigação legal.
Nesse contexto, a pesquisa citada indica que a adaptação às regras e frameworks ligados ao clima é prioritária entre os custos das empresas. Segundo Connor Taylor, Analista de Indústria na Vedantix as regras de reportes climáticos surgiram como o motor mais significante de gastos em ESG e Sustentabilidade em 2023. «46% dos 400 executivos entrevistados apontaram as regras climáticas como o primeiro ou segundo gasto mais significativo no futuro (tradução livre)”, diz Taylor.
No Brasil, o tema de mudanças climáticas tem avançado no Conselhos de Administração e em níveis executivos. Respondido por 104 conselheiros, o relatório “Board scorecard: a atuação dos conselhos frente aos impactos climáticos e à estratégia net zero”, publicado pelo IBGC em outubro de 2022, mostrou que 35,6% dos conselhos pautam o tema pelo menos quatro vezes ao ano, ainda que 40,4% afirmem que não exista clareza entre a responsabilidade do Conselho e a responsabilidade da equipe executiva pelas decisões de redução de emissões de GEE.
Carla Leal, diretora de Digital da WayCarbon avalia: “com o crescimento das responsabilidades por estratégias Net Zero por parte dos Conselhos de Administração, é natural que as empresas passem a tratar o tema de forma mais estrutural. A criação de novas estruturas organizacionais, a provisão de recursos financeiros e a adoção de soluções tecnológicas fazem parte dos mecanismos que precisam ser implementados para viabilizar a gestão e a governança climática”.
Crescimento dos investimentos no Climas e no Move mais que dobraram nos últimos dois anos
A adoção do Climas, software de gestão ESG e gestão climática da WayCarbon, por diversos tipos de organizações cresceu muito nos últimos dois anos. Cada vez mais, empresas de diferentes portes e segmentos estão adotando a solução para a gestão climática, estendendo sua abrangência também para suas operações internacionais. Atualmente, os usuários da ferramenta distribuem-se por 37 países.
Complementando sua oferta para gestão climática a partir da compreensão de que os riscos climáticos são temas estratégicos extremamente relevantes nessa agenda, a WayCarbon desenvolveu o MOVE® (Model for Vulnerabilty Evaluation). Trata-se de uma plataforma computacional integrada de avaliação de riscos associados às mudanças do clima, a partir da integração de modelos climáticos e cenários socioeconômicos e de concentração de GEE em múltiplas escalas espaciais e temporais.
“A WayCarbon é a única empresa de mercado que entrega as duas ferramentas: para gestão de GEE e para a gestão de risco climático. Mais do que dobramos os investimentos no nosso time de tecnologia a partir de 2022 e ao final de 2023, nossos clientes irão se surpreender com os novos módulos e o aumento das funcionalidades de ambos os produtos”, afirma Carla Leal.
O foco da área de Digital da WayCarbon é prover as tecnologias habilitadoras para que as empresas possam acelerar suas ambições climáticas, contribuindo de forma diligente para a limitação do aquecimento global em níveis preconizados pela ciência.