A WayCarbon, maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, anuncia o lançamento da oferta SaaS da solução MOVE (Model for Vulnerability Evaluation), ferramenta integrada para identificação da exposição de diferentes setores ao risco físico associado às mudanças do clima, com informações essenciais para ajudar as empresas a definir e priorizar suas estratégias de adaptação climática.
O lançamento do MOVE pode auxiliar, por exemplo, os setores de agronegócio, energia e infraestrutura, que estão mais expostos aos danos causados por riscos físicos relacionados ao clima. «Embora os eventos climáticos extremos, como secas e inundações, estejam cada vez mais intensos no Brasil e no mundo, seu impacto sobre os negócios, de forma geral, ainda não está internalizado no âmbito estratégico das empresas. Lançamos o MOVE para ajudar nossos clientes a avaliar a exposição financeira do impacto da mudança do clima na matriz de risco corporativo, fazer a gestão desses riscos e atender à crescente demanda dos investidores. E, cada vez mais as empresas buscam por informações confiáveis e de alta complexidade técnica», avalia Melina Amoni, Gerente de Risco Climático na WayCarbon, à frente do desenvolvimento do MOVE.
Em março deste ano, o Grupo Santander anunciou um acordo para a compra de 80% da WayCarbon. A aquisição é um passo importante para aprimorar ainda mais as ofertas de sustentabilidade do Banco, a fim de apoiar os clientes de todos os mercados em suas transições para uma economia de baixo carbono.
Por meio do MOVE, as empresas podem simular e quantificar o impacto da mudança do clima em diferentes recortes geográficos, temporais e de cenários de concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) e caminhos socioeconômicos, considerando como a probabilidade ao risco de inundação, ondas de calor, seca meteorológica e incêndios florestais, entre outros, poderão impactar a sua infraestrutura, operação e cadeia de valor, de modo a facilitar o processo de tomada de decisão, alinhando a sensibilidade setorial e estratégica.
Criado em 2014 para embasar o desenvolvimento de análises de riscos e planos de adaptação climática aos clientes dos setores público e privado, o MOVE já foi utilizado internamente pela área de consultoria da WayCarbon para apoiar empresas como Natura &Co, Braskem, Usiminas, Lojas Renner, Lojas Americanas, EDP e Ecorodovias, além das cidades de Belo Horizonte, Betim, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Bernardo do Campo, São Paulo, Sorocaba e Cartago e Manizales, na Colômbia.
A solução se diferencia por ser a única no mercado a contemplar, em seu vasto banco de dados, estatísticas e análises geoespaciais específicas para a realidade brasileira, fruto de quase uma década de investimento da WayCarbon em seu desenvolvimento. A equipe multidisciplinar dedicada é composta por cerca de 30 profissionais, como desenvolvedores, geólogos, biólogos e meteorologistas.
“Aplicável em diferentes recortes temáticos e produtivos em múltiplas escalas, o MOVE interpreta diferentes cenários socioeconômicos e de concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) para produzir dados georreferenciados e estatísticos que integrem o gerenciamento do risco climático aos negócios empresariais e ao planejamento setorial e territorial, utilizando o estado da arte das evidências científicas mais robustas, como as projeções do IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança do Clima)”, afirma Melina.
Obrigatoriedade de reporte do risco climático é tendência no mercado
A divulgação financeira do risco climático das empresas, em especial as de capital aberto, é impulsionada globalmente pela TCFD (Task-Force on Climate-Related Financial Disclosures), iniciativa criada pelo Financial Stability Board (FSB) para conscientizar as empresas a respeito do impacto da mudança do clima sobre os negócios, facilitar a comunicação das informações relacionadas ao clima e direcionar investimentos para atividades de baixa emissão de carbono.
Apesar de ainda voluntárias, as recomendações da TCFD vêm sendo amplamente adotadas globalmente por empresas de diversos setores da economia, o que demonstra crescente nível de maturidade e aceitação do mercado às propostas da Força-Tarefa e uma tendência que mais órgãos reguladores tornem obrigatórias tais divulgações relacionadas ao clima, seguindo o exemplo da SEC (U.S Securities and Exchange Comission), nos Estados Unidos, e a FCA (Financial Conduct Authority), no Reino Unido.
No Brasil, há expectativa de que regulamentação semelhante seja divulgada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), ampliando as exigências de divulgações obrigatórias sobre o clima de uma forma mais explícita para todas as empresas listadas na B3. “Diversas empresas de capital aberto buscam se antecipar e se preparar para os desafios de adequação às novas exigências regulatórias e dos investidores” ressalta Melina.