Saber para transformar: o conhecimento como agente de mudanças

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À medida em que se intensificam as consequências do aumento da temperatura no planeta, mais celeridade é requerida para adoção de mecanismos que impliquem na nossa capacidade, enquanto sociedade, de nos adaptar à esta realidade de emergência climática. 

Esses mecanismos, por sua vez, se desdobram em ações a serem implementadas em diversos níveis, refletindo entre outras frentes, na nossa capacidade de produzir e consumir. Para tanto, faz-se necessário o entendimento do contexto em que nos situamos, nossas possibilidades, prioridades e responsabilidades. Sob essa perspectiva, o aprendizado se posiciona como ponto de partida para gerar movimento efetivo para a transição para uma economia de baixo carbono. 

A chamada para uma ação global pelo clima – elucidada no ODS 13 – reconhece a necessidade de melhorar a educação, aumentando a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima. 

A cada relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertando sobre consequências da atividade humana no planeta, nossa corrida contra o tempo fica mais acelerada. Dada a escala de impacto e a vulnerabilidade que, de forma desigual, estamos expostos, faz-se necessário aprofundar o conhecimento, abordando de maneira didática e orientada para esta realidade. O conhecimento é um dos pilares para viabilizar estratégias de sustentabilidade que considerem e enderecem os desafios para a preservação da vida no planeta. 

Conhecimento para despertar a vontade 

A busca pelo conhecimento traz em si o desafio do aprendizado para ampliar esta consciência, onde a questão central não é mais aprender ou não, mas sim como esse ato ocorrerá. Enquanto adultos, o processo de aprendizagem se difere na atitude de apreender o conteúdo, que precisa gerar sentido e, consequentemente, levar à vontade de agir. 

Para Senge, “todo aprendizado integra o pensar e o fazer. O pensar é governado por modelos mentais estabelecidos e o fazer, por hábitos preexistentes de ação” (SENGE, 2007, p. 21), e está relacionado ao modo como interagimos no mundo e as capacidades que desenvolvemos a partir das nossas interações com o conteúdo apreendido e a aplicação dele em nossas vidas. 

E para que alcancemos níveis de aprendizagem mais profundos, é necessário que o conteúdo atravesse nossos sentidos, de forma que seja possível transcender e sair do “teórico” para agir na “prática’. A real integração acontece com o conhecimento obtido pelo conteúdo apresentado (pensar) capturado e apreendido (sentir), gerando movimento e ação (agir). 

Enquanto sociedade, somos convidados a agir. Somos questionados sobre impactos de nossas escolhas – quando nossos privilégios permitem que as tenhamos. Somos desafiados a pensar de forma disruptiva. Mas, se parece tão óbvio que tenhamos que assumir papéis e responsabilidades na transformação pela manutenção da vida no planeta, por que parece ser tão difícil nos conectar com alguns temas e agir prontamente?  

Segundo Adam Kahane (2008), os processos de mudança beiram a superficialidade quando não geram compreensão profunda e envolvimento necessário que sustentem tais mudanças. O conhecimento teórico e científico fundamenta e oferece bases sólidas para a ação, mas é por meio do despertar do sentido que o conhecimento alcançou que será capaz de levar o indivíduo a gerar movimento.  

A agenda da sustentabilidade implica em transformações reais, muitas vezes disruptivas e passar do conceito ao concreto é o caminho para a transição.  

Conhecimento um convite para a ação 

Considerando o aprendizado de adultos, usualmente se faz uso de dois métodos: o caminho da instrução, que acontece quando uma pessoa é detentora do conhecimento e transmite-o para outros que não o possuem e o caminho da descoberta, onde o conhecimento é acessado por meio de situações práticas, por meio da experiência, como a vida nos ensina. Para temas complexos, como questões ligadas à mudança climática, por exemplo, o ideal é conciliar os dois métodos, pois a ciência, a pesquisa, os profissionais especialistas são os detentores do conhecimento que podem transferir este saber. 

 No entanto, para que se absorva o conteúdo e este possa servir de base para a aplicação ou criação de novos saberes é necessário colocá-los em prática ou também é possível tornar este conhecimento mais palatável e prático, por meio de exemplos, casos reais, vivências e trocas entre outros. Adam Kahane (2008) argumenta em seu livro “Como resolver problemas complexos: uma forma aberta de falar, escutar e criar novas realidades”, que a chave para criar novas realidades sociais é estarmos abertos e conectados com nós mesmos, uns com os outros; com o nosso contexto e com o que ele exige de nós. 

ESG Academy – um caminho de conhecimento para despertar para ação 

Paulo Freire já chamava atenção que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção» (FREIRE, 1996, p. 25). Com objetivo de despertar a vontade para a ação por meio do aprendizado, a WayCarbon lançou em 2021 a ESG Academy, um hub de conhecimento online. Acreditar no conhecimento é a propulsão para desenvolver um espaço para concentrar conteúdos que capacitem pessoas a apoiar a transição que o planeta precisa.  

Maior consultoria estratégica de ESG e Mudanças Climáticas na América Latina, a empresa uniu mais de 15 anos de conhecimento científico e empírico ao propósito de transformar a sociedade. Em 2022, a WayCarbon busca ampliar o impacto da iniciativa ao anunciar novos cursos na plataforma, visando disseminar questões urgentes a serem consideradas pelos modelos de negócio e nas rotinas das empresas, apostando na transformação de dentro para fora

Pautados nesta intencionalidade e aplicando-a no desenvolvimento de cada aula, de cada material complementar, de cada troca promovida, os conhecimentos disseminados através dos cursos da ESG Academy visam despertar da vontade para a ação a partir da contextualização e exemplificação de conteúdos, gerando proximidade e identificação, de forma que seus alunos se sintam aptos e encorajados a agir, promovendo mudanças a partir de sua própria realidade. 

Com a aplicação da expertise  WayCarbon, a ESG Academy, tem a intenção de gerar conhecimento de forma natural, provocando sentido, para que seja colocado em prática por profissionais já atuantes na agenda de sustentabilidade, para aqueles que pretendem aplicar esses conhecimentos às suas áreas de atuação ou até mesmo para os que buscam mudanças de carreira. 

Clique aqui e conheça nossos cursos. 

 

Referências 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 

SENGE, Peter [et al;]. Presença – Propósito humano e o campo do futuro. São Paulo: Cultrix, 2007 

MOGGI, Jair. O espírito transformador: a essência das mudanças organizacionais no século XXI. São Paulo: Antroposófica, 2005 

KAHANE, Adam. Como resolver problemas complexos: uma forma aberta de falar, escutar e criar novas realidades. São Paulo: Senac, 2008 

 

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