Os custos de geração de energias renováveis têm caído continuamente nos últimos anos. Segundo o relatório Renewable Power Generation Costs in 2017, da International Renewable Energy Agency (Irena), em 2017, o custo médio ponderado global de geração (LCOE) dos novos projetos de energia hidrelétrica foi de US$ 0,05 por quilowatt-hora (kWh), o custo da energia eólica onshore foi de US$ 0,06 por kWh e o dos projetos de bioenergia e geotérmica foi de US$ 0,07 por kWh.
A queda nos custos de eletricidade de projetos de energia solar de grande escala (utility scale), desde 2010, também é evidente. Desde 2009, houve uma redução de 81% no preço dos módulos fotovoltaicos solares e, entre 2010 e 2017, a redução do custo médio da energia solar foi de de 73%, chegando a US$ 0,10 por kWh. Esses valores, porém, são médias mundiais. Há países em que o preço as energias renováveis continuam mais caras, como a energia solar no Brasil.
A energia e a eletricidade, como as conhecemos, estão passando por grandes mudanças. A produção de energia está se tornando cada vez mais descentralizada e, com o auxílio de novas tecnologias, pode ser cada vez mais eficiente e econômica. Nesse contexto, a queda dos preços, que acontece em uma velocidade maior que a prevista por especialistas, ao mesmo tempo que impulsiona a participação dessas energias no mercado, é também uma resposta ao aumento do seu uso.
Este movimento também é impulsionado pela crescente preocupação com o meio ambiente. Com o aumento da visibilidade dos problemas ambientais, empregar esforços para reduzir as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) se torna cada vez mais necessário. Buscando combater os efeitos da mudança do clima, muitos países estão investindo em energias renováveis, como a eólica e a solar.
Na costa da Escócia, por exemplo, foi construído o primeiro parque eólico flutuante do mundo, que já abastece cerca de 650 mil casas do Reino Unido. Desenvolvido pela Statoil, empresa petrolífera da Noruega, o parque conta com cinco turbinas, cada uma com 6 mw de potência, localizadas a 25 km da costa da cidade de Peterhead. A expectativa para o futuro é que parques maiores, com entre 50 a 100 turbinas, sejam construídos.
A China também têm investido bastante em sustentabilidade nos últimos anos, desenvolvendo projetos de reflorestamento e de energia limpa. Entre as diversas iniciativas do país estão a maior usina solar flutuante e a maior rodovia solar do mundo. Na província de Shandong, foi construída uma estrada coberta por placas fotovoltaicas que, de acordo com as estimativas, deve gerar um milhão de quilowatts-hora de eletricidade em um ano.
Apesar das barreiras que a evolução tecnológica ainda tem pela frente, como regulações governamentais, distorções de mercado, falta de linhas de financiamento e interesses opositores, o uso de energias renováveis é essencial para o futuro da sociedade e tem crescido de forma significativa nos últimos anos. Além disso, as previsões são otimistas: segundo um estudo do IRENA (2016), se forem empregadas políticas adequadas, o custo da eletricidade das tecnologias de energia solar e eólica pode cair em até 59% entre 2015 e 2025.
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