Nestlé utiliza diagnóstico da WayCarbon para estratégia de descarbonização

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Nestle e WayCarbon 1

Segmento produtivo é o mais intenso da companhia em volume de emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Oito fazendas-piloto da marca no Brasil serão net zero até o final de 2022.

A WayCarbon, maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, acaba de entregar a etapa de diagnóstico da pegada de carbono do leite à Nestlé Brasil, trabalho que integra a iniciativa da companhia de descarbonizar sua produção e se tornar net zero até 2050.  

Isso porque os ingredientes dos produtos lácteos e manejo do gado são a maior fonte única de emissões da companhia em âmbito global, representando 34,2 milhões de toneladas de CO2e emitidas pelo grupo em 2018 – mais de metade das emissões voltadas ao aprovisionamento dos ingredientes. A meta global da Nestlé é reduzir esse volume para 29,3M tCO2e até 2030. 

O Estudo de Pegada de Carbono é uma adaptação da NBR ISO 14.044 focada na avaliação de impacto climático em um ciclo de vida. Para a Nestlé, a análise da WayCarbon considerou o cálculo do Berço ao Portão da Fazenda, que compreende as emissões referentes ao pré-ciclo, envolvendo insumos, eletricidade e combustível necessários, até a produção leiteira. 

Para tanto, foram coletados dados sobre as realidades de 20 fazendas do grupo de diferentes arquétipos – da criação livre ao modelo de confinamento – localizadas nas bacias leiteiras do Brasil durante o ano de 2020, em cidades do oeste paulista, Paraná, Minas Gerais e Goiás. A expectativa da companhia é transformar oito unidades desse grupo focal em net zero até o final do ano.  

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O projeto foi no destaque na Revista Exame em 28 de março de 2021.

Após o cálculo da pegada de carbono oriunda das atividades nas fazendas, a WayCarbon constatou que as etapas de fermentação entérica e alimentação se destacam como as mais intensivas em emissões, assim como a utilização dos lagoas anaeróbicas para tratamento dos dejetos animais, que liberam metano no ambiente. 

Foi verificado também que o arquétipo compost barn, de boa gestão da nutrição e dos dejetos sólidos, com produção intensiva e alta produtividade de leite, possui a menor pegada de carbono dentre os arquétipos analisados.  

A partir do mapeamento da pegada de carbono das fazendas, foram elencadas pela WayCarbon dez intervenções para mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) mais adequadas à realidade brasileira, cujo arranjo será realizado conforme as demandas de cada unidade.  

Dentre as recomendações, estão ações que impactam diretamente em pontos relevantes para as fazendas, como a separação de dejetos sólidos, os sistemas de digestão anaeróbica e captura de metano, a otimização da utilização de esterco, a compostagem dos dejetos e substituição de fertilizantes, o planejamento de fertilização de cultivo e pastagem, a utilização de inibidores de nitrificação, a introdução de substitutos e suplementos na dieta do animal, o plantio direto e cultura de cobertura, o sistema silvipastoril, a implantação de cercas vivas e a restauração de matas ripárias. 

“A expertise e a qualidade técnica da WayCarbon para elaborar o estudo de pegada de carbono e identificar potenciais de redução de emissão na cadeia do leite da Nestlé irá possibilitar que a empresa tenha muita segurança dentro de uma estratégia de descarbonização e neutralidade dos seus produtos, possibilitando que seus esforços sejam focados em ações efetivas para redução de emissão de seus processos e de sua cadeia de valor”, afirma Bruna Dias, Gerente de Mitigação da WayCarbon.         

Leia a matéria feita pelo portal da Revista Exame sobre o projeto.

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