Autores: Marcia Alexandre e João Bueno
Existe um desafio intrínseco a todo negócio e a todo ser humano, que é a tomada de decisão. Ela é responsável por orientar e gerar os impactos, positivos e negativos, no mundo. Nas empresas, para que decisões possam ser tomadas é necessário que existam critérios bem estabelecidos para se atingir um determinado objetivo. E quando falamos em estratégia ESG, a lógica se mantem.
Nos últimos anos, a relevância de integrar questões ESG (acrônimo em inglês para Ambiental, Social e Governança) no planejamento estratégico das empresas vem crescendo e se tornando essencial para viabilizar a sua própria existência. Além disso, os aspectos ESG têm orientado a tomada de decisão de stakeholders impactados pelas operações das companhias – tais como investidores, clientes e colaboradores – que passam a considerá-los como fundamentais para gerar, distribuir e agregar valor.
Estratégia ESG: como funciona a metodologia de trabalho da WayCarbon
Na WayCarbon, entendemos que o primeiro passo para avançar na agenda ESG é conhecer o contexto no qual a empresa está inserida. Assim como as pessoas buscam conhecer a si próprias, para tomar a consciência de seus pontos fortes e pontos a melhorar, as empresas também precisam dessa etapa de “autoconhecimento” para identificar suas boas práticas, lacunas, oportunidades, e analisar as melhores práticas de mercado, seja de concorrentes ou das principais tendências de negócios identificadas.
Desde sua concepção, há 15 anos, a WayCarbon desenvolveu projetos, produtos e serviços que tem apoiado a transição de organizações públicas e privadas para uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, na gerência de Estratégia, realizamos projetos que apoiam as empresas na construção de uma agenda que integre os desafios do seu negócio aos desafios do desenvolvimento sustentável, por meio de uma metodologia proprietária para apoiar a evolução das empresas nessa agenda.
A partir de nossa experiência, percebemos que a integração dos aspectos ESG ao negócio gera valor, e que o início dessa trajetória é marcado por uma percepção voltada para a gestão de riscos e mitigação de custos. A partir do momento em que os riscos e oportunidades advindos dessa agenda são identificados, gerenciados e integrados à gestão do negócio, internalizando os aspectos ESG como uma variável relevante às decisões estratégicas, percebemos uma mudança na percepção do valor gerado. Riscos e custos dão lugar à construção de resiliência, competitividade e inovação, aproveitando as oportunidades.
Diagnóstico ESG
O caminho a ser seguido pelas empresas no avanço da agenda ESG começa no reconhecimento da relevância dessa agenda para os negócios e como cada tema está sendo considerado nas tomadas de decisões estratégicas. O diagnóstico ESG possibilitará uma compreensão mais profunda sobre os desafios que a empresa enfrentará, tendo os principais frameworks internacionais de relato, agências de rating, índices de bolsas de valores, análises de tendências e benchmarkings como base para nossa avaliação. Daniel Soraggi, Gerente de RI da Estapar, em uma entrevista a este blog sintetizou a relevância da metodologia para a empresa: “A metodologia própria da Way Carbon tem nos ajudado a mapear as melhores iniciativas de ESG, de forma ágil e organizada”.
Materialidade
A etapa de materialidade, que é complementar ao diagnóstico, adiciona mais uma camada no “autoconhecimento” dos impactos da empresa. Na elaboração dessa fase, identificamos os temas ESG que representam os impactos sociais, ambientais e econômicos mais significativos do negócio e que influenciam de forma mais relevante as decisões dos stakeholders. Desse modo, a metodologia seguida pela WayCarbon garante o alinhamento dos temas ESG não apenas com o negócio, mas, também, com as preocupações de seus stakeholders, construindo uma base sólida e robusta para a inclusão da agenda ESG no planejamento estratégico.
A realização dessa etapa proporciona a identificação dos temas que orientarão a elaboração e divulgação de um relatório de sustentabilidade, por exemplo. Também é o momento em que é possível identificar riscos e oportunidades que podem guiar a jornada da empresa na gestão da sustentabilidade.
Plano de Ação e Indicadores de Monitoramento
Ter um roteiro para sustentar as mudanças necessárias e fortalecer as iniciativas já existentes no planejamento estratégico da empresa é o que vai garantir o avanço na agenda ESG. Por isso, em nossa metodologia, construímos um Plano de Ação aderente aos desafios mapeados nas etapas de diagnóstico e materialidade, considerando, também, a ambição da empresa na agenda ESG.
Esse roadmap estratégico apresenta ações para o curto, médio e longo prazo, e um mapa de indicadores ESG. “O que é medido é feito”, diz com frequência Sanda Ojiambo, CEO e diretora executiva do Pacto Global das Nações Unidas. Na WayCarbon, entendemos que é fundamental que os aspectos ESG identificados sejam acompanhados por meio de indicadores de monitoramento, que são sugeridos com base nas principais demandas de stakeholders e nas principais referências no mercado.
Nessa etapa, o uso de tecnologia pode ser chave para um acompanhamento efetivo dos indicadores, e o Climas®, sistema de gestão de indicadores ESG da WayCarbon, complementa os insights entregues pela nossa consultoria.
Factsheet
Para capturar o valor gerado com esse trabalho de construção de uma fundação sólida para uma estratégia ESG corporativa bem-sucedida, finalizamos nossa atuação apoiando o cliente a se posicionar no mercado de forma pública, assertiva e diferenciada. Para isso, é fundamental que a comunicação seja realizada com base em dados, visando fortalecer a confiança de seus stakeholders. Desse modo, a factsheet é um instrumento de comunicação que integra as iniciativas da empresa com a agenda ESG e com o planejamento estratégico.
Um planejamento para uma jornada de transformações
Por fim, a Estratégia ESG que construímos junto com o cliente, orientará os critérios para tomada de decisão e influenciarão as ações da empresa frente aos desafios da agenda climática, da desigualdade social e da percepção que a existência de uma empresa não se encerra em sua capacidade de gerar caixa e lucro, mas também à sua habilidade e potencial de contribuir para gerar impacto positivo na sociedade.