Entrevista: diagnóstico ESG Estapar
Recentemente, a nossa diretora de Growth, Carla Leal, entrevistou Daniel Soraggi, gerente de RI da Estapar, sobre o diagnóstico ESG desenvolvido pela WayCarbon para a empresa. Soraggi avaliou ainda a experiência de realização do IPO da companhia, anunciado em 2020.
Confira os destaques da conversa abaixo.
CARLA LEAL: A Estapar fez IPO em maio de 2020. Esse contexto traz enorme visibilidade para a empresa e a área de RI recebe muitas demandas dos investidores, analistas de mercado, agências de rating e público em geral. Como foi a demanda na área de RI sobre os temas ESG?
DANIEL SORAGGI: Ao longo dos últimos anos, nós da Estapar, temos evoluído em relação ao tema. Ampliamos a nossa Governança Corporativa e os nossos processos internos, atuando de acordo com os mesmos critérios e rigor adotado pelas empresas públicas. No ano passado, intensificamos as nossas diretrizes para atender as exigências legais, seguindo os altos padrões do Novo Mercado. Ressalto ainda que tivemos algumas demandas pontuais relacionadas à agenda ESG, mas sabemos que esta tem crescido muito e rapidamente. Além disso, afirmo que listar uma empresa na bolsa é um enorme desafio e exige de nós uma preparação cuidadosa e compromissos concretos com nossos stakeholders, não só com a evolução do negócio, mas também com a agenda ESG. Nosso objetivo é continuar direcionando os nossos esforços e investimentos para desenvolver as nossas operações e inovar de forma sustentável e responsável, gerando valor aos nossos acionistas, clientes, colaboradores também à sociedade.
CARLA LEAL: Além da demanda externa, havia também um interesse interno em evoluir com os temas socioambientais de maneira mais estruturada. Quais foram os principais motivadores para a decisão de dar início a um projeto nessa área?
DANIEL SORAGGI: Nós, da Estapar, estamos sempre atentos aos movimentos de mercado que possam trazer benefícios para todos os nossos stakeholders, sejam eles clientes, colaboradores ou acionistas. Para isso, tivemos o cuidado e atenção para desenvolver uma proposta coerente e um cronograma estruturado para o desenvolvimento da nossa agenda ESG.
CARLA LEAL: A WayCarbon desenvolveu uma metodologia própria para fazer um diagnóstico ESG nas organizações. Essa metodologia ajudou a Estapar a organizar os diferentes assuntos abarcados sobre o tema ESG? Quais os principais benefícios colhidos pelo uso dessa metodologia?
DANIEL SORAGGI: A metodologia própria da Way Carbon tem nos ajudado a mapear as melhores iniciativas de ESG, de forma ágil e organizada, para implementarmos em nossa Companhia através de um detalhado plano de ação.
CARLA LEAL: Qual foi a repercussão interna do projeto e quais são os próximos passos?
DANIEL SORAGGI: O projeto consolidou muitas iniciativas que já eram desenvolvidas anteriormente pela organização, além de contribuir para dar mais visibilidade a outros temas que ainda não estavam tão evidentes. Um dos resultados muito interessantes foi a pontuação quanto ao nível de maturidade atual em cada um dos pilares ESG. Outro resultado importante foi a relação de 28 iniciativas a serem desenvolvidas no curto, médio e longo prazos. Reforço que todo esse trabalho foi muito bem recebido tanto pelo Comitê de Gente e Gestão que provisoriamente está absorvendo essa responsabilidade pelo projeto, mas também pela nossa Diretoria Executiva. Conseguimos dar uma visão consolidada dos pontos onde temos maior maturidade e daqueles em que ainda precisamos nos desenvolver. Assim, os próximos passos estão relacionados à revisão e priorização das iniciativas propostas, sempre visando entregar os melhores resultados para os nossos diferentes stakeholders.