Como uma atuação estratégica em sustentabilidade beneficia os negócios

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fabioJoão Bueno

Participação em índices que avaliam o desempenho da gestão de questões ambientais, sociais e de governança das companhias tende a influenciar em resultados econômico-financeiros

“E agora? O que acontece com as ações de sustentabilidade corporativa durante a crise do coronavírus?” Essa tem sido uma pergunta recorrente desde a intensificação da pandemia de Covid-19 pelo mundo. E por mais que existam contextos diversos, a resposta é a mesma para todas as empresas: as iniciativas socioambientais devem continuar. Os compromissos com transparência e sustentabilidade não podem ser deixados de lado mesmo com as incertezas geradas pela pandemia.

Os tempos são de turbulência, mas a área de preservação ambiental não pode ficar desprotegida, os requisitos de saúde e segurança são mais relevantes que nunca, nem os negócios podem abrir mão de uma conduta ética. As partes interessadas continuam de olho nas empresas. Especialmente, os investidores. Portanto, as companhias precisarão não só se dedicar ainda mais às questões estabelecidas como suas prioridades de atuação, como também apresentar, publicamente, seu desempenho frente aos compromissos assumidos nos aspectos ambientais, sociais e de governança (ASG).

“Tudo fica mais transparente em momentos de crise”

A frase acima é de Carlos Takahashi, CEO da BlackRock no Brasil, a maior gestora de investimentos do mundo. Para ele, a pandemia evidenciou fragilidades em questões socioambientais e, com isso, a preocupação com sustentabilidade levará os investidores a rever seus critérios de precificação e aquisição de ativos.

Desse modo, estabelecer ou revisar uma estratégia consistente de sustentabilidade, promover a eficiência das práticas ASG e dar transparência a elas serão fatores de extrema importância para as empresas na retomada, quando passar a fase aguda da pandemia. Aquelas que puderem explicar e comprovar como o endereçamento de seus desafios socioambientais se conecta à gestão do negócio terão maior credibilidade junto aos investidores.

Nesse sentido, integrar carteiras que avaliam o desempenho da gestão de informações não-financeiras, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) e o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), terá cada vez mais conexão com o bom desempenho econômico-financeiro das companhias.

Para compor esses índices, as empresas se submetem a avaliações criteriosas sobre questões ASG. No entanto, na visão da WayCarbon, mais do que atestar publicamente compromissos corporativos, esses assessments podem gerar maiores benefícios se utilizados como ferramentas de gestão dos temas de sustentabilidade.

Muitas vezes, eles são respondidos em um processo que praticamente se restringe à compilação de dados, sendo que, ao mapear todas as questões relevantes para diversos segmentos de stakeholders, os questionários fornecem às companhias um verdadeiro mapa dos principais desafios socioambientais para se superar e monitorar.

Com 14 anos de mercado, a WayCarbon oferece serviços de apoio a empresas em assessments como ISE e DJSI que partem justamente dessa premissa e visam tornar o processo de resposta aos questionários em um catalisador da inserção da sustentabilidade na estratégia do negócio. A consultoria orienta as atividades não só com vistas ao melhor desempenho possível nas carteiras, mas principalmente com foco em três resultados:

  1. Engajamento da Liderança: considerando a importância dos índices no mercado e o diferencial atrelado a eles, é fundamental que os principais executivos da companhia se envolvam e incorporem o tema da sustentabilidade à sua agenda;
  2. Integração e Responsabilização das Áreas: somente com o contato entre profissionais de diferentes departamentos é possível coletar e consolidar os dados da forma mais precisa possível, além de assegurar o comprometimento com melhorias para os ciclos posteriores;
  3. Eficiência na Gestão ASG: ao engajar lideranças, integrar e responsabilizar áreas, identificando lacunas e propondo planos de ação, busca-se tornar mais eficaz não só o processo de resposta aos questionários, mas a gestão dos temas de sustentabilidade como um todo.

Transparência também é importante dentro de casa

Além da pressão de stakeholders externos, como os investidores, há também interesse de outros públicos por gestões cada vez mais transparentes nas empresas. Estudos recentes indicam que futuros profissionais desejam ingressar em empresas pautadas pela transparência, sendo um importante fator de retenção de talentos.

Segundo a pesquisa Carreira dos Sonhos, de 2019, confiança, transparência e verdade são os atributos mais apreciados em uma empresa por estudantes, jovens em início de carreira e por profissionais de média gerência e alta liderança. O levantamento demonstra que esses grupos consideram a companhia onde trabalham transparente em apenas 37%, 31% e 40% dos casos, respectivamente.

Nesse contexto, as empresas podem lançar mão de relatórios públicos, seguindo diretrizes internacionais como as da Global Reporting Initiative (GRI), para consolidar as informações relevantes em documentos específicos e facilitar o acesso aos dados ASG. Ao adotar padrões reconhecidos como os indicadores GRI e participar de assessments globais, as companhias não só tornam o desempenho da sua gestão de sustentabilidade comparável ao de outras organizações, como também estimulam seus funcionários a conhecer mais a fundo as iniciativas socioambientais e a se engajar na melhoria contínua dessas práticas.   

Além de ser valorizada pelos colaboradores, uma gestão transparente protege a empresa de problemas éticos como os que, nos últimos anos, abalaram grandes companhias da indústria do petróleo e da construção no Brasil, por exemplo. Procedimentos mais rigorosos de transparência poderiam ter evitado ou, pelo menos, antecipado a identificação de práticas lesivas que, ao se tornarem públicas, desencadearam uma série de impactos negativos: desestabilizaram a confiança nessas companhias, derrubaram seu valor de mercado e culminaram em demissões, atrasos em obras, rompimentos de contratos, entre outros prejuízos.

Ações sustentáveis, desempenhadas com consistência e transparência, mostram-se, portanto, mais importantes do que nunca. Mesmo em tempos difíceis, elas devem seguir. Afinal, os investidores, os colaboradores e os demais stakeholders estão de olho nas empresas com quem vão querer se relacionar quando a atual crise gerada pela pandemia tiver passado.

A WayCarbon possui uma área dedicada a facilitar a participação em assessments e seu próprio software de gerenciamento de indicadores ASG, o Climas, que permite concentrar a coleta de informações em um único ambiente, acelerar o processo de resposta e correlacionar diferentes assessments e padrões de relato. Com a experiência de mais de 200 clientes atendidos e 800 projetos realizados, podemos trazer soluções para ajudar sua empresa no desafio de tornar a gestão da sustentabilidade cada vez mais estratégica, a fim de garantir a perenidade dos negócios.

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Chamada: a pandemia impactou suas práticas de sustentabilidade?

A WayCarbon, em parceria com a Fundação Dom Cabral, está elaborando um estudo sobre a atuação e o desempenho das empresas líderes em sustentabilidade durante a atual crise gerada pela Covid-19. Em breve, mais informações!

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